Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 6 de abril de 2016

O VARÃO DA MACEDÔNIA

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O VARÃO DA MACEDÔNIA
E Paulo teve de noite uma visão em que se apresentou, em pé, um varão da Macedônia e lhe rogou: Passa à Macedônia e ajuda-nos!
(ATOS, 16: 9.)
Além das atividades diárias na vida de relação, participam os homens de vasto movimento espiritual, cujas fases de intercâmbio nem sempre podem ser registradas pela memória vulgar.
Não só os que demandam o sepulcro se comunicam pelo processo das vibrações psíquicas.
Os espíritos encarnados fazem o mesmo, em identidade de circunstâncias, desde que se achem aptos a semelhantes realizações.
Mais tarde, a generalidade das criaturas terrestres ampliará essas possibilidades, percebendo-lhes o admirável valor.
Isso, aliás, não constitui novidade, pois, segundo vemos, Paulo de Tarso, em Tróade, recebe a visita espiritual de um varão da Macedônia, que lhe pede auxílio.
A narração apostólica é muito clara. O amigo dos gentios tem uma visão em que lhe não surge uma figura angélica ou um mensageiro divino. Trata-se de um homem da Macedônia que o ex-doutor de Tarso identifica pelo vestuário e pelas palavras.
É útil recordar semelhante ocorrência para que se consolide nos discípulos sinceros a certeza de que o Evangelho é portador de todos os ensinamentos essenciais e necessários, sem nos impor a necessidade de recorrer a nomenclaturas difíceis, distantes da simplicidade com que o Mestre nos legou a carta de redenção, na qual nos pede atenção amorosa e não teorias complicadas.
MINHA REFLEXÃO
O Espírito não deixa de sê-lo porque reencarnou. Então, muitas vezes sem ter recordação, os encarnados podem vir a se comunicar com outro (ou outros) encarnado, estando desligado parcialmente do corpo[1].
Emmanuel nos adverte que devemos ser simples no tocante a fenomenologia e atentarmos para a simplicidade das relações entre os seres espirituais, encarnados ou não. E vai além, no que diz respeito aos ensinos do Cristo em relação às Leis de Deus, pois para sermos cristãos, não precisamos ser prolixos e nem muito eloquentes. Basta que estejamos sintonizados com o Mestre, em pensamento e atos.
De qualquer modo, essa mensagem nos faz lembrar a importância de nossa emancipação espiritual, quando o nosso corpo dorme. Apesar de não lembramos, que saibamos aproveitar bem esses momentos de nossa libertação parcial[2].
Que Deus nos ajude.
Domício.



[1] O Livro dos Espíritos, questão nº 414. Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se durante o sono?
“Certo e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que o suspeites, amigos em outro país. É tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas.”
[2] O Livro dos Espíritos, questão nº 415. Que utilidade podem elas ter, se as olvidamos?
“De ordinário, ao despertardes, guardais a intuição desse fato, do qual se originam certas ideias que vos vêm espontaneamente, sem que possais explicar como vos acudiram. São ideias que adquiristes nessas confabulações.”

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