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HOMENS E ANJOS
Enquanto os anjos,
sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo
diante do Senhor.
II Pedro (2: 11).
É lastimável observar o grande número de pessoas que estão
sempre dispostas a proferir sentenças blasfematórias, umas para com as outras.
A leviandade domina-lhes as conversações, a mesquinhez corrompe-lhes as
atividades nos mais diversos setores da vida.
Exceção feita aos sinceros cultivadores da luz religiosa,
quase todos os homens se conservam à porta de situações ásperas em que o
esforço difamatório lhes envenena a vida. Alimentam antipatias injustas para
com os irmãos de atividade profissional, pelo próximo que lhes não aceita as
ideias, pelos companheiros que se não afinam com os seus princípios. E como a
lei é de compensação e troca, receberão dos colegas e dos vizinhos as mesmas
vibrações destruidoras.
Guerras silenciosas, nesse sentido, têm, por vezes, secular
duração.
Entretanto, o homem jactancioso está sempre rodeado pela
ação benéfica de Espíritos iluminados e generosos, que, quanto mais revestidos
de poder divino, mais se compadecem das fragilidades humanas, estendendo-lhes
mãos acolhedoras para o caminho e jamais pronunciando juízos condenatórios
diante do Senhor.
Toda
vez que fores compelido a analisar os esforços alheios, recorda a palavra de
Pedro. Não te esqueças de que as entidades angélicas, mananciais vivos e
sublimes de força e poder, nunca enunciam sentenças acusatórias contra ti,
diante de Deus.
MINHA REFLEXÃO
Vivemos num mundo em que o debate pelo convencimento das
ideias nos leva a diminuir, desvalorizar os esforços dos outros e, em última
análise, na defesa, difamar e ofender os semelhantes.
Nestas horas, como diz Emmanuel, inspirado em Pedro,
esquecemos que somos tão frágeis e pequenos diante da Sabedoria de Deus nos
maculando com pensamentos os mais inferiores possíveis.
Ser humano...
Nosso Mestre nos ensina que devemos ser puros de coração.[1] Então, para se defender, não devemos ofender, ao invés disso, lembremos que
quem nos defende diante de Deus e dos homens são nossos próprios atos, isto é:
O
bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte. Emmanuel[2]
Que Deus nos ajude em nossa vigilância e lembremos sempre
disso. Somos diuturnamente observados por Ele, nossos mentores, Espíritos
Familiares e, é claro, pelos nossos desafetos espirituais que nos cobram por saberem de nossas incúrias espirituais ao longo de nossas vidas espirituais pregressas e particularmente desta atual.
Domício.
[1] Bem-aventurados os que têm puro o
coração (Mateus, 5: 8). Vide
desdobramento espirita em O Evangelho Seg. o Espiritismo, cap. VIII.
[2] In: Palavras de Emmanuel, cap. 18. Fé –
Esperança – Caridade. Vide também em Palavras de Luz (outra publicação da FEB
que reúne o pensamento de Emmanuel extraído de várias outras publicações desse
grandioso Espírito através de Chico Xavier)
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