Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 18 de maio de 2016

POSSES DEFINITIVAS

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POSSES DEFINITIVAS
Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. — Jesus.
JOÃO, 10: 10.
Se a paz da criatura não consiste na abundância do que possui na Terra, depende da abundância de valores definitivos de que a alma é possuída.
Em razão disso, o Divino Mestre veio até nós para que sejamos portadores de vida transbordante, repleta de luz, amor e eternidade.
Em favor de nós mesmos, jamais deveríamos esquecer os dons substanciais a serem amealhados em nosso próprio espírito.
No jogo de forças exteriores jamais encontraremos a iluminação necessária.
Maravilhosa é a primavera terrena, mas o inverno virá depois dela.
A mocidade do corpo é fase de embriagantes prazeres; no entanto, a velhice não tardará.
O vaso físico mais íntegro e harmonioso experimentará, um dia, a enfermidade ou a morte.
Toda a manifestação de existência na Terra é processo de transformação permanente.
É imprescindível construir o castelo interior, de onde possamos erguer sentimentos aos campos mais altos da vida.
Encheu-nos Jesus de sua presença sublime, não para que possuamos facilidades efêmeras, mas para sermos possuídos pelas riquezas imperecíveis; não para que nos cerquemos de favores externos e, sim, para concentrarmos em nós as aquisições definitivas.
Sejamos portadores da vida imortal.
Não nos visitou o Cristo, como doador de benefícios vulgares. Veio ligar-nos a lâmpada do coração à usina do Amor de Deus, convertendo-nos em luzes inextinguíveis.
MINHA REFLEXÃO
Quantas vezes o fato de não sermos reconhecidos nos deixa acabrunhados, melindrados. Não nos bastas estar presente na Terra. Temos que ser laureados pelo que fazemos. Dizemos que sofremos injustiças. Isto significa que trabalhamos para vivermos eternos momentos de glória efêmeros.
Estarmos aqui tem um objetivo fundamental: evoluirmos perante Deus[1]. Passar pelas provas e expiações, aprendendo sempre, de modo que, conforme Emmanuel nos fala, “Sejamos portadores da vida imortal”.
Que tenhamos em mente que tudo que nos acontece é para o nosso bem. As mais difíceis situações nos servem de borracha para corrigirmos o que ainda está desarmonizado com o conjunto da obra que somos nós, Espíritos criados à imagem e semelhança do Pai; “simples e ignorantes”[2], no princípio, para nos tornamos Espíritos Puros[3].
Jesus Cristo veio ao mundo para dar sequência ao projeto Divino de tornar a Terra o Reino de Deus. Naquele momento, disse ele que: “Meu Reino não é deste mundo” (João, 18:36). Allan Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, item 2, nos esclarece que,
por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra.
Então, que possamos, cada vez mais, nos enchemos de “posses definitivas”, conforme nos ensina Emmanuel, e nos tornemos “luzes inextinguíveis” do Amor de Deus na Terra.
Que Ele nos ajude.
Domício.




[1] O Livro dos Espíritos, questão 132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”
[2] O Livro dos Espíritos, questão 115. Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”
[3] O Livro dos Espíritos, questão 170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?
“Espírito bem-aventurado; puro Espírito.”

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