Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 25 de maio de 2016

NA ORAÇÃO

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NA ORAÇÃO
Senhor, ensina-nos a orar...
Lucas, 11: 1.
A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vários cursos da fé.
Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.
Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.
Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.
Os tristes pedem a solidão com ociosidade.
Os desesperados suplicam a morte.
Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma, buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta digna.
Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas descabidas e as lágrimas inaceitáveis.
Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no íntimo da alma contemplada pelo Senhor.
Cessam as rogativas ruidosas.
Acalmam-se os desejos tumultuários.
Converte-se a oração em trabalho edificante.
O discípulo nada reclama. E o Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias, alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.
O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso.
Disse-lhe o Mestre: Levanta-te e segue-me. E ele ergueu-se e seguiu.
MINHA REFLEXÃO
Cremos no Cristo. Ele veio. Deu-nos exemplos. Passamos a fazê-lo de muletas? Ele nos ensinou a orar[1]. Mostrou-nos a diferença entre o publicano e o fariseu, ao orarem (Lucas, 18: 9 - 14.)[2]. Mas continuamos a fazer da oração um rosário de lamentações, sem agradecimento pelas graças alcançadas (particularmente, a de estarmos vivos para continuar a luta da vida). Somos infinitos devedores do Pai, mas ainda encontramos tempo para, meramente, lhe cobrar providências em relação aos embates que devemos dar conta, subordinados à sua vontade.
Estarmos sintonizados com o Cristo, significa, como Emmanuel nos lembrou, seguir-lhe sem assinar contratos, a não ser o do coração; ou seja, “alegre e silencioso”.
Que possamos em oração, alegres e silenciosos, continuar nossa vida, esperançosos em dias melhores, que podem ser vividos aqui na Terra[3]. Isso depende de cada um.
Que Deus nos ajude.
Domício.




[1] Vide “Oração Dominical” em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 2.
[2] Vide interpretação de A. Kardec in O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 4.
[3] Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (Mateus, 5, 4.)

2 comentários:

  1. Acalmou meu coração seu comentário gratidao

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    1. Caríssima irmã Luz,
      Gratificado fico com o bem promovido pela postagem da Mensagem de Emmanuel, refletida por nós.
      Muito obrigado!!

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