Mensagem de boas vindas


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

AGIR DE ACORDO

116
AGIR DE ACORDO
Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e desobedientes, e reprovados para toda boa obra.
Paulo (Tito, 1: 16.)
O Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, tem papel muito mais alto que o de simples campo para novas observações técnicas da ciência instável do mundo.
A Terra, até agora, no que se refere às organizações religiosas, tem vivido repleta dos que confessam a existência de Deus, negando-O, porém, através das obras individuais.
O intercâmbio dos dois mundos, visível e invisível, de maneira direta objetiva esse reajustamento sentimental, para que a luz divina se manifeste nas relações comuns dos homens.
Como conciliar o conhecimento de Deus com o menosprezo aos semelhantes?
As antigas escolas religiosas, à força de se arregimentarem como agrupamentos políticos do mundo, sob o controle do sacerdócio, acabaram por estagnar os impulsos da fé, em exterioridades que aviltam as forças vivas do espírito.
A doutrina consoladora da sobrevivência e da comunicação entre os habitantes da Terra e do Infinito, com bases profundas e amplas no Evangelho, floresce entre as criaturas com características de nova revelação, para que o homem seja, nas atividades vulgares, real afirmação do bem que nasce da fé viva.
MINHA REFLEXÃO
Não adianta dizer: “Senhor, senhor...”.[1] Em geral, pela nossa imaturidade espiritual, negamos o Cristo, não só três vezes, como o Pedro, mas centenas de vezes, negando a Deus, nosso Pai. Praticar a caridade moral, que, segundo os Espíritos superiores, na questão de número 886 da obra kardequiana “O Livro dos Espíritos”, é ter “benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”, é o nosso grande desafio. Bastaria fazer isso para nos sentirmos salvos, mas na prova, vemos que precisamos de outras e outras provas, pois nem sempre conseguimos ser superiores às imperfeições dos outros.
Ter consciência de que também erramos é só um passo para sermos caridosos, inclusive conosco, mas isso não basta. É necessário sermos vigilantes com nossa imperfeição e tolerantes com a dos outros.
Acreditamos em Deus, nos ensinos do Cristo, como emissário direto Dele, mas precisamos vivenciar as Leis do Pai. E quanto mais conhecimento tivermos das Leis Divinas, mais comprometidos e cobrados seremos, como disse o próprio Cristo, conforme Lucas (12: 47-48) e João (9: 39-41) e a Doutrina Espírita em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. XVIII, Item 12.
Paulo nos assevera que somos desobedientes a Deus. Temos consciência disso e o que é pior, temos sido assim, há milênios. Temos melhorado muito (precisamos ser caridosos conosco), mas muito temos ainda que crescer, e isso só faremos na relação com os nossos irmãos, por vidas e vidas.
Que Deus nos ajude.
Domício.

[1] . Nem todos os que me dizem: “Senhor! Senhor!” — entrarão no Reino dos Céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, nesse dia, me dirão: “Senhor! Senhor! não profetizamos em teu nome? Não expulsamos em teu nome o demônio? Não fizemos muitos milagres em teu nome?” — Eu então lhes direi em altas vozes: “Afastai-vos de mim, vós que fazeis obras de iniquidade.” (Mateus, 7:21 a 23.) (Mateus, 7: 21 -23.). Vide interpretação espírita em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XVIII, item 9.

Nenhum comentário:

Postar um comentário