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FRUTOS
Portanto, pelos seus frutos os
conhecereis.
Jesus (Mateus, 7:20).
O
mundo atual, em suas elevadas características de inteligência, reclama frutos
para examinar as sementes dos princípios.
O
cristão, em razão disso, necessita aprender com a boa árvore que recebe os
elementos da Providência Divina, através da seiva, e converte-os em utilidades
para as criaturas.
Convém
o esforço de autoanálise, a fim de identificarmos a qualidade das próprias
ações.
Muitas
palavras sonoras proporcionam simplesmente a impressão daquela figueira
condenada.
É
indispensável conhecermos os frutos de nossa vida, de modo a saber se
beneficiam os nossos irmãos.
A
vida terrestre representa oportunidade vastíssima, cheia de portas e horizontes
para a eterna luz. Em seus círculos, pode o homem receber diariamente a seiva
do Alto, transformando-a em frutos de natureza divina.
Indiscutivelmente,
a atualidade reclama ensinos edificantes, mas nada compreenderá sem
demonstrações práticas, mesmo porque, desde a antiguidade, considera a
sabedoria que a realização mais difícil do homem, na esfera carnal, é viver e
morrer fiel ao supremo bem.
MINHA REFLEXÃO
Essa
passagem do Evangelho de Mateus é encontrada no pensamento de Sócrates, o maior
sábio da antiguidade[1]. Sabemos que o nosso exemplo
é que nos denuncia a alma. Nossas ações são nossa identificação perante o
Cristo. Pelos pensamentos, construímos o que está a nossa volta, voltado para o
bem ou para o mal. Como diz Emmanuel: “Somos, assim, responsáveis pela nossa
ligação com as forças construtivas do bem ou com as forças perturbadoras do
mal”.[2]
Como
espíritas, devemos nos conduzir segundo os preceitos cristãos fundamentados na
Doutrina Espírita. Nem sempre nos conduzimos assim, e o Cristo nos alertou para
que tivéssemos cuidados com os pregadores só de palavras, e de certo modo,
cuidado conosco mesmo, quando temos a facilidade de falar, para que não nos
deixássemos nos envaidecer e construir sistemas egoísticos contrários ao seu projeto
de contribuir com seus irmãos pequenos, como nós. O mundo está cheio de falsos
profetas que seduzem os leigos e sofredores, carentes de um consolo,
conhecimento e apoio fraterno. Que não os copiemos o exemplo.
Que
Deus nos ajude.
Domício.
[1] "É pelos frutos que se conhece a árvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz: qualificá-la de má, quando dela provenha mal; de boa, quando dê origem ao bem". In: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Introdução, Item 13. Interpretada no Cap. XXI – Haverá Falsos Cristos e Falsos profetas, da mesma obra citada.
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