177
OPINIÕES CONVENCIONAIS
A multidão respondeu:
Tens demônio; quem procura matar-te?
João, 7: 20.
Não te prendas excessivamente aos juízos da multidão. O convencionalismo
e o hábito possuem sobre ela forças vigorosas.
Se toleras ofensas com amor, chama-te covarde.
Se perdoas com desinteresse, considera-te tolo.
Se sofres com paciência, nega-te valor.
Se espalhas o bem com abnegação, acusa-te de louco.
Se adquires característicos do amor sublime e santificante,
julga-te doente.
Se desestimas os gozos vulgares, classifica-te de anormal.
Se te mostras piedoso, assevera que te envelheceste e
cansaste antes do tempo.
Se adotas a simplicidade por norma, ironiza-te às ocultas.
Se respeitas a ordem e a hierarquia, qualifica-te de
bajulador.
Se reverencias a Lei, aponta-te como medroso.
Se és prudente e digno, chama-te fanático e perturbado.
No entanto, essa mesma multidão, pela voz de seus maiorais,
ensina o amor aos semelhantes, o culto da legalidade e a religião do dever. Em
seus círculos, porém, o excesso de palavras não permite, por enquanto, o
reinado da compreensão.
É indispensável suportar-lhe a inconsciência para
atendermos com proveito às nossas obrigações perante Deus.
Não te irrites, nem desanimes.
O
próprio Jesus foi alvo, sem razão de ser, dos sarcasmos da opinião pública.
MINHA REFLEXÃO
Passaram 2000 mil anos e as palavras do Cristo ainda
precisam ser analisadas, prova disso é essa mensagem de Emmanuel se reportando
aos seguidores do Mestre, na atualidade.
Ainda há muitos fariseus e uma turba de indecisos a
respeito da veracidade de que Jesus era o Mestre. Muitos ainda se dizem
descrente d’Aquele que O enviou, logo também creem Nele, consequentemente. E se
não creem Nele, também não crerão no Espiritismo que o revela como o maior
modelo a ser seguido na história da humanidade[1].
Então, devemos silenciar as opiniões injustas às nossas
ações justas, pois elas são proferidas para nos intimidar e servem de prova
para a nossa evolução. Provam se damos mais atenção ao que o mundo nos apela ou
à vida futura[2].
Procuremos dar ouvidos ao Mestre, pois desde seu tempo, já previsto
por Isaías[3], poucos O ouvem e
entendamos a Parábola do Semeador.
Que Deus nos ilumine.
Domício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário