Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O CRISTÃO E O MUNDO

102
O CRISTÃO E O MUNDO
Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.
Jesus. (MARCOS, 4: 28.)
Ninguém julgue fácil a aquisição de um título referente à elevação espiritual. O Mestre recorreu sabiamente aos símbolos vivos da Natureza, favo- recendo-nos a compreensão.
A erva está longe da espiga, como a espiga permanece distanciada dos grãos maduros.
Nesse capítulo, o mais forte adversário da alma que deseja seguir o Salvador, é o próprio mundo.
Quando o homem comum descansa nas vulgaridades e inutilidades da existência terrestre, ninguém lhe examina os passos. Suas atitudes não interessam a quem quer que seja. Todavia, em lhe surgindo no coração a erva tenra da fé retificadora, sua vida passa a constituir objeto de curiosidade para a multidão. Milhares de olhos, que o não viram quando desviado na ignorância e na indiferença, seguem-lhe, agora, os gestos mínimos com acentuada vigilância. O pobre aspirante ao título de discípulo do Senhor ainda não passa de folhagem promissora e já lhe reclamam espigas das obras celestes; conserva-se ainda longe da primeira penugem das asas espirituais e já se lhe exigem vôos supremos sobre as misérias humanas.
Muitos aprendizes desanimam e voltam para o lodo, onde os companheiros não os vejam.
Esquece-se o mundo de que essas almas ansiosas ainda se acham nas primeiras esperanças e, por isso mesmo, em disputas mais ásperas por rebentar o casulo das paixões inferiores na aspiração de subir; dentro da velha ignorância, que lhe é característica, a multidão só entende o homem na animalidade em que se compraz ou, então, se o companheiro pretende elevar- se, lhe exige, de pronto, credenciais positivas do céu, olvidando que ninguém pode trair o tempo ou enganar o espírito de sequência da Natureza. Resta ao cristão cultivar seus propósitos sublimes e ouvir o Mestre: Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.
MINHA REFLEXÃO
O mal se acostuma com o mal e repudia a luz, por mais tenra que seja. O bem faz-nos distanciar das trevas e chama a atenção, pois faz bem. Quem está no lodo, não concebe que um companheiro de vícios saia dele.
No entanto, sair do lodo é difícil, pois ele pesa e nos liga a ele. Esta saída metafórica está relacionada a nossa reforma íntima preconizada por Allan Kardec como seja a bandeira do espiritista verdadeiro (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 4 – Os bons espíritas).
Esta mensagem de Emmanuel nos dá uma força no tocante a fé na mudança lenta e gradual, mas constante. Que respeitemos nossas limitações, como a dos outros também (sejam espíritas ou não).
Que Deus nos ajude.

Domício.

Nenhum comentário:

Postar um comentário