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POR QUE DORMIS?
E disse-lhes: Por que
estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.
Lucas (22: 46).
Nos ensinos fundamentais de
Jesus, é imperioso evitar as situações acomodatícias, em detrimento das
atividades do bem.
O Evangelho de Lucas, nesta
passagem, conta que os discípulos “dormiam de tristeza”, enquanto o Mestre
orava fervorosamente no Horto. Vê-se, pois, que o Senhor não justificou nem
mesmo a inatividade oriunda do choque ante as grandes dores.
O aprendiz figurará o mundo
como sendo o campo de trabalho do Reino, onde se esforçará, operoso e
vigilante, compreendendo que o Cristo prossegue em serviço redentor para o
resgate total das criaturas.
Recordando a prece em Getsêmani,
somos obrigados a lembrar que inúmeros comunidades de alicerces cristãos
permanecem dormindo nas convivências pessoais, nos mesquinhos interesses, nas
vaidades efêmeras. Falam do Cristo, referem-se à sua imperecível
exemplificação, como se fossem sonâmbulos, inconscientes do que dizem e do que fazem,
para despertarem tão-só no instante da morte corporal, em soluços tardios.
Ouçamos a interrogação do
Salvador e busquemos a edificação e o trabalho, onde não existem lugares vagos
para o que seja inútil e ruinoso à consciência.
Quanto a ti, que ainda te encontras na carne,
não durmas em espírito, desatendendo aos interesses do Redentor. Levanta-te e
esforça-te, porque é no sono da alma que se encontram as mais perigosas
tentações, através de pesadelos ou fantasias.
MINHA
REFLEXÃO
Somos viajores que muitas
vezes nos entretemos apenas na paisagem sem contudo perceber uma inteligência
suprema por trás dela.
Esquecidos de nossos
compromissos, não nos atentamos para o objetivo da viagem: progresso,
construção da felicidade espiritual.
Muitas vezes cochilamos
diante de oportunidades de serviços fundamentais para a nossa evolução. Não
entendemos e nem refletimos sobre certos acontecimentos que nada mais são que
oportunidades de aprendizados de um curso na escola evolutiva que é a nossa
própria vida espiritual.
O Mestre nunca parou e na
hora extrema, ainda sim, estava vigilante, em contato com o Pai, se abastecendo
de energias interiores para o porvir imediato, que seria o seu holocausto, o
exercício supremo de sua compaixão por nós.
A invigilância nos leva as
tentações do mundo e, ao despertarmos, descobrimos o quanto perdemos do momento
precioso que o Pai nos proporcionou com vista à nossa evolução espiritual.[i]
Devemos estar em constante
oração e vigilância como o homem reformado, pois chances de sermos maliciosos,
ingratos, rancorosos e egoístas não nos faltam, como também não nos faltam aquelas de sermos homens de bem, bons espíritas.[ii]
Que Deus nos ajude.
Domício.
[i]
Allan Kardec em O Evangelho Seg. o Espiritismos, Cap. XXVII (Pedi e obterei),
Item 11 (Ação da prece –Transmissão do pensamento), esclarece: “Pela prece,
obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas
boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força
moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste
se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia
pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em
consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus
dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver
a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de
resistir às tentações.”
[ii]Allan Kardec em O Evangelho Seg. o Espiritismos, Cap. XVII (Sede perfeitos),
Item 4 (Os bons espíritas), nos deixou a seguinte máxima: “Reconhece-se o
verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega
para domar suas inclinações más.
excelente interpretação
ResponderExcluirGrato, Karla!!
ExcluirMuita paz e alegrias!!