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quarta-feira, 16 de abril de 2014

POR QUE DORMIS?

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POR QUE DORMIS?
E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.
Lucas (22: 46).
Nos ensinos fundamentais de Jesus, é imperioso evitar as situações acomodatícias, em detrimento das atividades do bem.
O Evangelho de Lucas, nesta passagem, conta que os discípulos “dormiam de tristeza”, enquanto o Mestre orava fervorosamente no Horto. Vê-se, pois, que o Senhor não justificou nem mesmo a inatividade oriunda do choque ante as grandes dores.
O aprendiz figurará o mundo como sendo o campo de trabalho do Reino, onde se esforçará, operoso e vigilante, compreendendo que o Cristo prossegue em serviço redentor para o resgate total das criaturas.
Recordando a prece em Getsêmani, somos obrigados a lembrar que inúmeros comunidades de alicerces cristãos permanecem dormindo nas convivências pessoais, nos mesquinhos interesses, nas vaidades efêmeras. Falam do Cristo, referem-se à sua imperecível exemplificação, como se fossem sonâmbulos, inconscientes do que dizem e do que fazem, para despertarem tão-só no instante da morte corporal, em soluços tardios.
Ouçamos a interrogação do Salvador e busquemos a edificação e o trabalho, onde não existem lugares vagos para o que seja inútil e ruinoso à consciência.
Quanto a ti, que ainda te encontras na carne, não durmas em espírito, desatendendo aos interesses do Redentor. Levanta-te e esforça-te, porque é no sono da alma que se encontram as mais perigosas tentações, através de pesadelos ou fantasias.
MINHA REFLEXÃO
Somos viajores que muitas vezes nos entretemos apenas na paisagem sem contudo perceber uma inteligência suprema por trás dela.
Esquecidos de nossos compromissos, não nos atentamos para o objetivo da viagem: progresso, construção da felicidade espiritual.
Muitas vezes cochilamos diante de oportunidades de serviços fundamentais para a nossa evolução. Não entendemos e nem refletimos sobre certos acontecimentos que nada mais são que oportunidades de aprendizados de um curso na escola evolutiva que é a nossa própria vida espiritual.
O Mestre nunca parou e na hora extrema, ainda sim, estava vigilante, em contato com o Pai, se abastecendo de energias interiores para o porvir imediato, que seria o seu holocausto, o exercício supremo de sua compaixão por nós.
A invigilância nos leva as tentações do mundo e, ao despertarmos, descobrimos o quanto perdemos do momento precioso que o Pai nos proporcionou com vista à nossa evolução espiritual.[i]
Devemos estar em constante oração e vigilância como o homem reformado, pois chances de sermos maliciosos, ingratos, rancorosos e egoístas não nos faltam, como também não nos faltam aquelas de sermos homens de bem, bons espíritas.[ii]
Que Deus nos ajude.
Domício.




[i] Allan Kardec em O Evangelho Seg. o Espiritismos, Cap. XXVII (Pedi e obterei), Item 11 (Ação da prece –Transmissão do pensamento), esclarece: “Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.”
[ii]Allan Kardec em O Evangelho Seg. o Espiritismos, Cap. XVII (Sede perfeitos), Item 4 (Os bons espíritas), nos deixou a seguinte máxima: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.

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