Mensagem de boas vindas


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O CEGO DE JERICÓ


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O CEGO DE JERICÓ
Dizendo: Que queres que te faça? E ele respondeu: — Senhor, que eu veja.
LUCAS, 18:41
O cego de Jericó é das grandes figuras dos ensinamentos evangélicos.
Informa-nos a narrativa de Lucas que o infeliz andava pelo caminho, mendigando... Sentindo a aproximação do Mestre, põe-se a gritar, implorando misericórdia.
Irritam-se os populares, em face de tão insistentes rogativas. Tentam impedi-lo, recomendando-lhe calar as solicitações. Jesus, contudo, ouve-lhe a súplica, aproxima-se dele e interroga com amor:
— Que queres que te faça?
Á frente do magnânimo dispensador dos bens divinos, recebendo liberdade tão ampla, o pedinte sincero responde apenas isto:
— Senhor, que eu veja!
O propósito desse cego honesto e humilde deveria ser o nosso em todas as circunstâncias da vida.
Mergulhados na carne ou fora dela, somos, às vezes, esse mendigo de Jericó, esmolando às margens da estrada comum. Chama-nos a vida, o trabalho apela para nós, abençoa-nos a luz do conhecimento, mas permanecemos indecisos, sem coragem de marchar para a realização elevada que nos compete atingir. E, quando surge a oportunidade de nosso encontro espiritual com o Cristo, além de sentirmos que o mundo se volta contra nós, induzindo-nos à indiferença, é muito raro sabermos pedir sensatamente.
Por isso mesmo, é muito valiosa a recordação do pobrezinho mencionado no versículo de Lucas, porquanto não é preciso compareçamos diante do Mestre com volumosa bagagem de rogativas. Basta lhe peçamos o dom de ver, com a exata compreensão das particularidades do caminho evolutivo. Que o Senhor, portanto, nos faça enxergar todos os fenômenos e situações, pessoas e coisas, com amor e justiça, e possuiremos o necessário à nossa alegria imortal.

MINHA REFLEXÃO
A vida nos pede tão pouco, mas a tornamos tão requisitadora de virtudes que resistimos em desenvolvê-las.
O Cego de Jericó pediu apenas que enxergasse. Emmanuel nos aponta que somos cegos. Sim, cegos da visão benéfica do Espírito que olha as coisas pelo prisma evangélico. Os conhecimentos, os trabalhos que abraçamos, e a vida, nos convidam à reforma íntima, à nossa melhoria espiritual.
A cegueira espiritual ainda nos incomoda quando não vemos saída para os problemas que nos afligem. Jesus Cristo é a luz, mas precisamos deixar essa luz acender em nós, nos tornando verdadeiramente felizes.
Aqui faz jus retomarmos a mensagem 43, desse livro, quando Emmanuel nos orienta a indagar a Jesus o que ele faria em uma situação difícil por qual venhamos a pensar. Sabemos que a resposta está no Evangelho e de modo especial, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
Que Deus nos ajude.
Domício

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